quarta-feira, 13 de junho de 2012

Gene associado ao Alzheimer tem maior incidência nas mulheres

        Um grupo de investigadores constatou pela primeira vez que um gene associado ao risco de se padecer da doença de Alzheimer tem maior incidência nas mulheres, revela um estudo da Universidade de Stanford publicado na terça-feira.
O fator de risco, um gene denominado ApoE4 detetado em ambos os géneros, tem um papel mais decisivo no risco de se padecer de Alzheimer entre as pessoas do sexo feminino, indicam as conclusões do estudo.
       As pessoas de ambos os sexos com duas cópias do gene ApoE4, casos detetados em apenas dois por cento da população, possuem um elevado risco de sofrer da doença, apesar de, até agora, não estarem determinadas as implicações nos casos das pessoas com apenas uma cópia do gene, o que foi detetado em 15 por cento das pessoas.
      Os investigadores analisaram um grupo de 91 pessoas de idade avançada com uma cópia do gene e verificaram que as mulheres, mas não os homens, demonstram mudanças na atividade cerebral e elevados níveis da proteína conhecida como "tau" que levam as pessoas a padecer de Alzheimer.
      O estudo publicado na terça-feira no "Journal of Neuroscience" assume também que os homens com uma cópia do gene fator de risco não estão tão expostos à doença, algo que explicaria que de cada três mulheres com a doença sejam registados apenas dois casos masculinos.
     A doença de Alzheimer afeta cinco milhões de pessoas de idade avançada nos Estados Unidos e cerca de 30 milhões em todo o mundo.

               http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=2606339

Tristeza e Depressão

       Embora entenda que o doente de Alzheimer se sinta triste, desanimado e sem interesse por nada (devido a perda de capacidades, dependência, pessimismo em relação ao futuro…) é importante ter em conta que este estado pode desencadear uma depressão.

      A depressão pode provocar mais problemas de comportamento como agressão, mas pode ser tratável apesar da dificuldade em estabelecer a diferença entre a depressão e alguns sintomas da doença de Alzheimer.

Como ajudar?
·        Procurar sinais de depressão: dificuldade em exprimir sentimentos complexos “ Estou acabado” , “ Não quero saber”; Choro, ansiedade e sintomas físicos (dores); falta de autoestima; sentimento de culpa desadequado; pensamentos recorrentes de morte e suicídio; alterações do apetite, sono ou energia; isolamento, falta repentina de interesse por coisas de que gostava;
·        Tentar descobrir eventuais causas;
·        Prestar atenção a alterações bruscas de comportamento;
·        Dar apoio e compreensão;
·        Consultar o médico.

Mudança Brusca de Humor

Sinais de extrema tristeza ou felicidade em relação a coisas que normalmente não levaram a uma reação desse género são muitas vezes comuns nas pessoas com demência. Podem chorar ou rir interpoladamente, gerando situações estranhas e perturbadoras.
Como ajudar?
·        Conservar a calma e não dar demasiada importância;
·        Transmitir segurança ao doente, que pode estar assustado.

Dificuldade e Comer

Os doentes de Alzheimer podem ter dificuldades de alimentação por perda de interesse pela comida ou por dificuldades em engolir.
Como ajudar?
·        Privilegiar as rotinas;
·        Cortar os alimentos;
·        Deixar comer com as mãos;
·        Usar guardanapos grandes (evitar babetes).

Esconder e Perder as Coisas

Os objetos escondidos e perdidos são geralmente fonte de grande preocupação para estes doentes e isso pode tornar-se aborrecido para os outros, especialmente se forem acusados de furto.
Como ajudar?
·        Acalmar o doente e ajudar e procurar o objetivo desaparecido;
·        Desvalorizar as acusações.
Para evitar…
·        Procurar saber onde o doente costuma esconder as coisas;
·        Providenciar cópias de alguns objetos (chaves, documentos);
·        Diminuir os esconderijos possíveis e verificar as embalagens antes de as deitar fora.

Deambulação de Dia

Alguns dos doentes andam às voltas, outros saem de casa e podem perder-se. Raramente deambulam sem destino, mas geralmente esquecem-se do que iam fazer e são incapazes de o explicar.
Como ajudar?
·        Evitar confrontos;
·        Procurar distrair a pessoa;
·        Não entrar em pânico;
·        Contactar polícia de necessário.
Para evitar…
·        Manter o ambiente estável;
·        Solicitar a ajuda de amigos e vizinhos;
·        Assegura-se que ele anda com identificação.

Comportamento Sexual Inadequado

Uma pessoa com demência tem predisposição para este tipo de comportamento. Pode ser resultado de perda de inibição, falta de oportunidade de se expressar sexualmente, necessidade de sentir seguro.

Como ajudar?
·        Evitar mostrar aborrecimento a tentar não reagir com violência;
·        Tentar dissuadir delicadamente o doente desse comportamento;
·        Aumentar o contato físico abraçando-o ou dando-lhe a mão frequentemente;
·        Procurar ajudá-lo a compreendê-lo a situação e tentar que recupere a compostura.

Para evitar…
·        Com delicadeza mostrar que não interessado e que eles esta a cometer um erro:
·        Procurar causas para o comportamento ( podem não ser de ordem sexual);
·        Consultar o medico no caso de a insistência sexual ser um problema.

Comportamento Embaraçoso ou Estranho

O comportamento do doente de Alzheimer pode ser perturbador ou embaraçoso. A doença pode ter afetado a parte do cérebro que controla as inibições, ou a pessoa pode estar somente a tentar dizer-nos algo sem sucesso.
Como ajudar?
·        Tentar distrair o doente com algo de que ele gosta;
·        Só deter o comportamento se for de facto necessário;
·        Falar do seu embaraço com outras pessoas.
Para evitar…
·        Procurar perceber a causa do comportamento.

Perguntas Repetitivas

O doente de Alzheimer, ao fazer repetidamente a mesma pergunta, não pretende aborrecer-nos tão-somente se esqueceu de que já p perguntou.
Como ajudar…
·        Tentar responder;
·        Escrever a resposta e chamar atenção dele para isso;
·        Ignorar a pergunta (alguns poderão ficar muito zangados, mas com outros pode resultar).

Perseguição

O doente pode ter tendência a andar sempre atrás de si, o que o leva a perder a paciência a cansar-se das solicitações de atenção constantes e a perder a sua privacidade.
Este comportamento do doente é explicado pelo
facto de ele se sentir assustado por viver num mundo sem sentido e imprevisível, e de sentir em sim a estabilidade de que precisa para se sentir seguro.
Como ajudar?
·        Dizer ao doente que as suas ausências serão breves;
·        Procurar alguém que o apoie durante esse tempo;
·        Incentivar a sua ocupação e distração durante esses períodos.

Ansiedade e Medo

Os doentes sentem-se muitas vezes receosos e ansiosos. Esta ansiedade pode ter origens diversas estado de confusão, delírios ou alucinações, ambiente que se viva em casa, sensação de viver num mundo que parece estar constante mudança, medo do futuro, entre outros.
Como ajudar?
·        Dar segurança e contacto físico;
·        Ter atenção á expressão de sentimentos;
·        Procurar distrair o doente das causas de preocupação;
·        Se for grave… consultar o médico.
Para evitar…
·        Manter o ambiente calmo e tranquilo e as rotinas;
·        Explicar quem são as pessoas presentes e o que se está a passar;
·        Reduzir as fontes de medo (muita gente, salas mal iluminadas).

Apatia

Se bem que este tipo de comportamento geralmente não se traduza logo num problema, é natural que se preocupe o doente parece triste e infeliz. O doente com apatia passa muito tempo sentado ou parado em pé e fala muito pouco.
Como ajudar?
·        Não obrigar a pessoa a fazer algo que já deu a entender que não quer fazer;
·        Incentivar a fazer coisas de que é capaz;
·        Dar os parabéns sempre que faz algo bem;
·        Deixar descansar;
·        Procurar estimular o seu interesse por atividades agradáveis.

Agitação e Nervosismo

A agitação e o nervosismo, em doentes de Alzheimer, traduzem-se em estados de grande inquietação e irritabilidade (o doente a anda de lado para lado, mexe em tudo…) Este tipo de comportamento pode dever-se somente a alterações no cérebro decorrentes da doença, e não depender de acontecimentos específicos.

Como ajudar?
·        Manter a calma e falar baixo;
·        Não se aproximar demasiado;
·        Dar ao doente algo que lhe mantenha as mãos ocupados (lenço, terço);
·        Dar-lhe ocupações úteis.
Para evitar…
·        Tornar o ambiente simples e acessível (evitar demasiado barulho ou pessoas, alterações desnecessárias ou atividade excessiva).
·        Eliminar as bebidas com cafeina;
·        Consultar o médico.

Reações exaltadas e fúria

Um doente com Alzheimer pode gritar, chorar, desesperar, recusar mexer-se e proferir coisas desagradáveis. Pode também enfurecer-se, atirando coisas para o chão e gritando, reagindo exageradamente a incidentes sem importância.
Como ajudar?
·        Manter a calma e procurar acalmar e distrair o doente;
·        Consultar o médico se ele for violento.
Para evitar
·        Prestar atenção a sinais de stress;
·        Tornar o ambiente simples.

Agressividade

Os doentes de Alzheimer têm muitas vezes comportamentos agressivos, quer físicos quer verbais (mais comum) em relação ao cuidador e sem razões aparentes. A agressividade é causada mais pela doença do que pela própria pessoa, e mesmo pessoas dóceis podem tornar-se agressivas com a evolução da doença.

 Como ajudar?

·        Manter a calma e transmitir tranquilidade (não se mostre assustado);
·        Distrair, o doente (desviar-lhe a atenção para outras coisas: televisão, alguma coisa que ele goste de fazer);
·        Evitar ralhar e aplicar castigos (não tem consciência de que foi agressivo e esquece-se dos comportamentos que tem);
·        “Não levar a peito” o que o doente diz: nem se sentir culpado se perder a paciência (essas atitudes são o resultado da sua própria tensão);
·        Evitar confrontar (fisicamente, troçar, rir) ou prender a pessoa e não esquecer a sua própria segurança;
·        Pedir ajuda ao médico quando o comportamento é muito frequente.
Para evitar…
·        Tentar perceber o que pode ter mudado na vida do doente e identificar as causas da ansiedade manifesta.

Principais Alterações do Comportamento

A adoção de comportamentos estranhos ou pouco habituais pode ser um dos sinais iniciais da doença de Alzheimer. Estes comportamentos devem-se á confusão e desorientação do doente e podem agravar-se com a evolução da doença, dificultando o seu relacionamento com os outros.

Memória

Nem todos os doentes perdem a capacidade de memória ao mesmo ritmo. A perda de memória é gradual e mais visível ao nível da memória para factos recentes. A memória “das coisas antigas” tende a perder-se mais tardiamente.
Como ajudar?
·        Recorrer a sinais e mensagens escritas;
·        Encorajar o uso de uma agenda ou de um diário.

Comunicação

Um outro problema próprio desta doença é a crescente dificuldade do doente em comunicar com os que o rodeiam e em entender o que lhe é dito. A pessoa perde a capacidade de compreender a linguagem falada ou escrita, e as palavras perdem o seu valor enquanto meio de comunicação.
Como ajudar?
·        Fazer rastreio de eventuais problemas de audição e de visão.
·        Adotar uma atitude positiva (sorrisos, olhares e gestos de carinho);
·        Procurar falar com o doente num sítio sem ruídos (desligar a televisão);
·        Usar frases curtas e simples;
·        Falar lentamente e com clareza, num tom de voz natural, agradável e tranquilizante;
·        Repetir várias vezes a mensagem;
·        Colocar-se á sua frente incentivando-o a falar;
·        Não criticar.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Desorientação

Uma das consequências da demência de Alzheimer é a desorientação. O doente sente-se frequentemente desorientado no tempo e no espaço.
Como ajudar?
·        Privilegiar as rotinas;
·        Adaptar o ambiente ao doente;
·        Evitar que o doente saia de casa sozinho;
·        Certificar-se que o doente não sai de casa sem identificação, o endereço e o número de telefone nos bolsos;
·        Perceber que a confusão aumenta se sair de casa, visitar casas novas ou passar férias noutra casa.